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Política

Do passado para a realidade de um novo governo do PT

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Três anos após o fim do martírio de 580 dias de prisão, o primeiro compromisso de Lula, livre e eleito presidente do Brasil, na capital federal, foi se reunir com todos os ministros do Supremo Tribunal Federal. Assim, o presidente que tomará posse no dia primeiro de janeiro do ano que vem cumpriu a primeira promessa prevista em uma das diretrizes propostas de seu governo, qual seja, o estabelecimento do diálogo permanente com os atores do Judiciário, com respeito à sua independência, com o objetivo de estimular o aperfeiçoamento, em todos os níveis do sistema de justiça, da prevalência da cidadania e da soberania democrática.

Após o encontro com dez dos onze ministros do STF, no dia 09 de novembro, Lula teve uma conversa pontual com o ministro Alexandre de Moraes. O ministro recebeu de Lula os cumprimentos pelo profissionalismo do trabalho engendrado pelo TSE. O processo eleitoral das eleições à presidência do País de outubro e novembro de 2022 já é reconhecido por todos os especialistas como o mais disputado e tumultuado da história da República do Brasil. No olho do furacão, o ministro Alexandre de Moraes cumpriu seu papel institucional à perfeição, levando as discussões e as decisões do Tribunal a um novo patamar de legitimidade cívica e institucional.

Alexandre de Moraes atuou com sabedoria para equacionar pontos de vista a respeito de algumas diferenças entre questões penais relacionadas ao processo eleitoral e às sanções administrativas eleitorais. Crimes e ofensas eleitorais dividem os estudiosos do Direito em duas escolas de pensamento dentro do sistema jurídico. A primeira advoga que tais delitos sejam incluídos no código penal, enquanto a segunda defende que eles devem ser incluídos na lei eleitoral. Aqueles que defendem a primeira posição argumentam que é melhor que crimes ou ofensas eleitorais sejam regulamentados no código penal, a fim de proteger o cidadão de constantes mudanças na lei eleitoral. Outros argumentam que crimes ou ofensas eleitorais não estão e não devem estar fora da dinâmica evolutiva das eleições.

Outro ponto em que o ministro se destacou, passando a ser chamado por uma parte do eleitorado e da imprensa como “Xandão”, desta vez, foi pela firmeza necessária ao propósito de construção de uma democracia representativa moderna, oferecendo respostas enérgicas às formas de conduta definidas como crimes e ofensas ao sistema legal. Desse modo, garantindo que as eleições tenham sido livres e justas.

Nas eleições deste ano, apesar de um contexto sociopolítico bastante adverso e até inóspito, a contar com as hostilidades político-partidárias e ideológicas, ambientadas nas redes sociais e nas ocorrências de confrontos nas ruas, pode-se afirmar que as instituições do Sistema de Justiça saíram mais fortalecidas. O ministro Alexandre de Moraes direcionou o conjunto das decisões do TSE de acordo com princípios da liberdade e da igualdade, sendo invariavelmente acompanhado pelos ministros do STF. Houve liberdade com responsabilização e igualdade perante a lei e na lei.

A modernização tecnológica desenvolvida há anos pelo TSE, que é exemplo no mundo, extinguiu a possibilidade de alguém votar por outro eleitor. A propagação de fake news por agentes de comunicação, que produzem e compartilham notícias falsas, além de levantar suspeitas infundadas sobre o sistema de votação eletrônico, foi cancelada pela retirada de dezenas de canais e perfis das redes sociais. Empresários e políticos acusados de coerção, subornar ou oferecer propina para eleitores, empregados e subalternos, entraram na mira da visita da Polícia Federal. Obstrução da votação pela ameaça ou bloqueio de autoestradas e pistas, no dia das eleições, foi rapidamente enquadrada como crime federal. Ordem de sanções penais às paralisações de ônibus ou sobre a recusa de transporte gratuito de eleitores também afastou o risco de não termos uma eleição honestamente competitiva.

A lição que fica aprendida de uma vez por todas no País é que a construção da paz e da Justiça depende de instituições fortes e eficazes. Se houve um descrédito generalizado devido ao papel de uma parcela do sistema legal, que atuou pela ambição política, como no caso da Operação Lava Jato, a presença de Lula no encontro com os ministros do STF trouxe de volta a confiança de que as pessoas não podem ser esmagadas por uma cultura política que não respeita a Constituição Federal. É para isso que existe a Suprema Corte. Foi assim que o Ministro Alexandre de Moraes marcou um gol de placa na história do processo eleitoral brasileiro, no encontro com Lula eleito presidente pela terceira vez, no topo do Sistema de Justiça.

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Cultura

O estado de sítio é um dispositivo burocrático definido pela nossa Constituição.

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O estado de sítio é um dispositivo burocrático definido pela nossa Constituição para ser exercido em momentos em que a ordem do Estado Democrático de Direito está gravemente ameaçada. Essa medida de exceção deve ser autorizada pelo Congresso Nacional e já foi utilizada em diversos momentos de nossa história republicana.
Acesse também: Desobediência civil – conceito, surgimento e exemplo

Entendendo o estado de sítio
O estado de sítio é um dispositivo burocrático que faz parte de ações utilizadas pelos governos modernos em situações entendidas como emergenciais. É utilizado pelo governo em situações nas quais a ordem do Estado Democrático de Direito está ameaçada.

Em nosso país, o estado de sítio é uma medida de exceção do governo, e por causa disso possui prazo de atuação limitado, exceto no caso de guerra. Como medida de exceção, o estado de sítio permite que o Executivo sobressaia-se aos outros poderes (Legislativo e Judiciário). Assim, o equilíbrio entre os três poderes é afetado, pois, por ser uma medida tomada em situações de emergência, as decisões tomadas pelo Executivo devem ter ação imediata para garantir a solução do problema.

Em que situações é decretado o estado de sítio?

O funcionamento do estado de sítio no Brasil é definido pela Constituição Federal promulgada em 1988. O texto constitucional trata sobre essa questão do artigo 137 ao artigo 141. Basicamente, a Constituição brasileira define que o estado de sítio poder ser decretado em três situações:

Comoção grave de repercussão nacional;
Fracasso das medidas tomadas no estado de defesa;
Declaração de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira.
O decreto do estado de sítio só acontece se o presidente seguir o seguinte roteiro: primeiro, ele deve consultar o Conselho da República e o Conselho da Defesa. Uma vez feita a consulta (o papel dos dois conselhos é apenas opinativo), o presidente deve encaminhar pedido de estado de sítio para o Congresso Nacional.

O estado de sítio só pode ser implantado no Brasil caso seja aprovado no Congresso Nacional.
O estado de sítio só pode ser implantado no Brasil caso seja aprovado no Congresso Nacional.
O Congresso Nacional deve reunir-se em até cinco dias para votar a aprovação desse pedido. Para ser aprovado, a solicitação de estado de sítio deve ter maioria absoluta (50% +1) entre os parlamentares. Caso seja rejeitada, naturalmente, a medida não entra em vigor.

 

“O estado de sítio é um dispositivo burocrático definido pela nossa Constituição”

 

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Política

Dudu de Paula, filho de Netinho de Paula,  lança Candidatura à Prefeitura de Carapicuíba

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CARAPICUÍBA – Dudu de Paula, conhecido ativista SOCIAL A dirige a 12 anos o Instituto Casa da Gente e também cantor e filho do a apresentador Netinho de Paula, oficializou sua candidatura à Prefeitura de Carapicuíba pelo Partido Agir. Com uma plataforma focada na transparência, diálogo com a população e inovação nas políticas públicas, Dudu promete uma gestão participativa e voltada para o desenvolvimento sustentável da cidade.

Priorizando a saúde pública, Dudu de Paula pretende ampliar os serviços, com ênfase no atendimento humanizado e no combate a desigualdades, incluindo programas específicos para pessoas com autismo. Outro pilar de sua campanha é a segurança, onde propõe ações integradas para garantir a tranquilidade nos bairros.

Na área de infraestrutura, o candidato do Partido Agir visa melhorar a mobilidade urbana e as condições habitacionais, aliando crescimento a respeito ao meio ambiente. A gestão de resíduos e o incentivo à reciclagem também são compromissos de sua agenda.

Dudu de Paula coloca a cultura e o lazer como essenciais para a qualidade de vida, propondo a criação e revitalização de espaços culturais. Para a juventude, promete programas que estimulem a educação e o primeiro emprego.

Na estratégia de campanha, destaca-se o uso intensivo das redes sociais e a formação de uma rede de voluntariado, enfatizando a importância do engajamento cívico. Dudu de Paula aposta em uma campanha de proximidade, com encontros comunitários para ouvir os cidadãos e construir coletivamente o futuro de Carapicuíba.

O candidato do Partido Agir defende ainda a igualdade de gênero e o fortalecimento dos conselhos municipais, visando uma gestão inclusiva e representativa. Com propostas claras e um discurso de união, Dudu de Paula se apresenta como uma nova opção para os eleitores carapicuibanos nas próximas eleições municipais.

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Política

Regulamentação da reforma tributária é aguardada com ansiedade

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Destrava Brasil destaca o impacto que a aprovação dos decretos regulamentadores terá em várias atividades econômicas

O governo deve enviar ao Congresso na próxima semana dois projetos de lei para regulamentar pontos da reforma tributária, a Emenda Constitucional 132, aprovada em 2023.

A expectativa é que na segunda-feira (15.04) aconteça esse envio dos projetos de lei complementar (PLPs). Na quarta-feira (17.04), o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, é aguardado para esclarecer os projetos a parlamentares.

Segundo o Destrava Brasil, essa fase da reforma é tão ou mais importante quanto a aprovação da Emenda, pois irá definir a maneira como muitos setores da economia serão tributados nos próximos anos.

“Estão sendo aguardadas validações para propostas como cashback, uso de tecnologia 5.0 para arrecadação dos impostos, entre outras. Muitos setores levaram esses pleitos até o governo, e agora é o momento de saber quais propostas foram incorporadas ou assimiladas pelos projetos de lei”, comenta Luiz Renato Hauly, do Destrava Brasil.

É o caso das locadoras de veículos, que, a partir de consenso entre as entidades nacionais representativas do setor, estiveram em Brasília para apresentar à Secretária Extraordinária os impactos que as modificações implementadas no sistema tributário brasileiro podem causar à atividade, principal cliente da indústria automotiva e grande geradora de empregos.

A reforma tributária estabelece um novo IVA, imposto sobre valor agregado, aplicado sobre consumo, em substituição a cinco tributos – ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins.

Um dos pontos a serem definidos agora na regulamentação da lei é a alíquota desse IVA. Existe o temor de que, diante de muitas exceções, a alíquota fique entre 28 a 30%, elevada para os padrões internacionais.

O Destrava Brasil acompanha a reforma tributária desde os esforços para aprovar a matéria ainda no governo anterior. Para Luiz Renato Hauly, é necessário que os setores se mobilizem e tenham um acompanhamento especializado nessa fase da reforma.

“A mudança é muito profunda, e suas consequências serão duradouras. A reforma tributária é uma conquista da sociedade”, afirma Victor Hugo Rocha, do Destrava Brasil.

“Cabe agora a essa sociedade, com o governo em suas diferentes esferas, parlamentares e todos os setores econômicos à frente encontrarem o equilíbrio que permitirá termos uma reforma justa e solidária”, completa Luiz Renato.

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