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Cultura

Grafiteira baiana Andressa Monique lança obra Dengo de Mãe

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A experiência da maternidade não é igualitária para todas as mulheres e precisamos desmistificar isso, quando falamos de violência obstétrica atrelada ao racismo, acesso ao pré natal as mulheres negras são as que mais sofrem nesse período tão importante que é a gestação. É práxis nas maternidades Brasileiras com pequenas exceções, darem menos anestesia na hora do parto as mulheres negras pois as consideram mais fortes a dor no momento do parto.

Mas essa é uma problemática que vem desde o período de escravização no Brasil, as mulheres negras sequestradas do continente africano não cumpriam somente funções do trabalho doméstico e nas lavouras, seus corpos eram usados para gerarem mais escravizados através da violência dos traficantes de escravizados e essas mulheres ainda tinham que alimentar com seu leite os filhos e filhas das sinhás, ainda hoje no séc. XXI diversas mães negras deixam seus filhos e filhas com tias, avós, vizinhas e em alguns casos até em casa sozinhos por não ter rede de apoio, para ofertar sua mão de obra cuidando e criando filhos de outras mulheres que trazendo o recorte racial dessas mães a grande maioria são mulheres brancas que saem para trabalhar, estudar dentre outras atividades.

A obra foi elaborada pela artista Andressa Monique que é mãe residente da cidade de Salvador -BA, com título: DENGO DE MÃE, dengo é uma palavra que tem origem africana “ndengo” da língua Quicongo e significa carinho, aconchego e afeto. Como forma de prestar uma homenagem a todas as mulheres negras mães que foram obrigadas a renunciar a maternidade para criar os filhos de outras mulheres, com desejo de que todas a mulheres negras possam criar seus filhos com rede de apoio, sem medo, com menos violência, que essas mães possam dá aos seus filhos e filhas todo amor e cuidados que suas ancestrais foram obrigadas a renunciar. E que os moradores do local onde a pintura será realizada sintam esse amor e acolhimento através dessa pintura.

O graffiti é uma arte que tem na sua base pessoas negras como criadoras dessa linguagem artística, que dialoga com as cidades e comunidades brasileiras retratando a realidade do nosso cotidiano e revitalizando os espaços trazendo cor e mensagens através das obras elaboradas. A pintura será realizada utilizando materiais de excelente qualidade garantindo assim sua durabilidade e com uma esquipe de profissionais que já possuem experiência em trabalhos em grandes dimensões.

Sobre: Andressa Monique, nascida em Salvador – BA na comunidade do Beiru, MÃE, Dona de casa, grafiteira, ilustradora e arquiteta e urbanista. Seu trabalho busca uma reconexão de sua ancestralidade através da representatividade de mulheres negras e com a representação de divindades das religiões afro-brasileiras, pois enxergar seu trabalho como um instrumento decombate ao racismo através do graffiti. Em 2023 foi uma das artistas selecionadas no MAR –Museu de Arte de Rua de São Paulo, Participou do MICBR- Mercado das Indústrias Criativas do Brasil em Belém – PA, sendo uma das representantes do setor HIP-HOP. Foi uma das artistas selecionadas no 1a Prêmio Pretas Potências na categoria Artes Visuais – Graffiti. Em2021 recebeu o prêmio pela Frente Nacional de Mulheres no Hip-Hop na Categoria Graffiti. Em 2019 participou da circulação artística e educativa – Bahia – Moçambique – Projeto Griots (Edital de Mobilidade Artística da Secretária de Cultura do Estado da Bahia) realizando oficinas educativas de graffiti. Atualmente é aluna no curso de Pós Graduação pela Universidade do Estado da Bahia em Gênero, Raça, Etnia e Sexualidade na Formação de Educadores. Formada em Arquitetura e Urbanismo em 2018, é Pedreira Polivalente pelo Senai em 2019, integrante do Coletivo Preta Arquitetura, foi Aluna Especial no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo – FAUFBA em 2018. Já participou de algumas mesas como palestrante: 2018 -Salvador e Suas Cores Cidades da Diáspora Negra-Laços África Brasil com apresentação de artigo com o tema: O graffiti e a religião afro-brasileira na cidade de Salvador–FAUFBA. 2018.

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Cultura

Na 2ª edição do Videos for Change Nacional, ONG mobiliza estudantes de todo o Brasil para causas sociais

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A ONG Viven – Cidadãos para um Amanhã Melhor – está lançando a segunda edição nacional do Videos for Change, um projeto que incentiva estudantes de todo o Brasil dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio a produzirem vídeos de um minuto sobre causas sociais que os inspiram. A iniciativa não só fornece suporte para todas as fases da produção, desde a escolha da causa até a gravação e edição, mas também forma os professores envolvidos para apoiarem seus alunos ao longo do processo.

Em 2023, a Viven promoveu 10 festivais regionais do Videos for Change em 39 municípios nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Esses eventos envolveram mais de 3.800 alunos de 87 escolas, acompanhados por 135 professores. Mais de 550 vídeos foram submetidos, avaliados por jurados voluntários e colocados para votação popular, alcançando mais de 15 mil votantes. Ao todo, 85 vídeos foram premiados em categorias como criatividade e originalidade, uso de recursos técnicos, narrativa coerente e voto popular. Os temas mais frequentes foram Meio Ambiente e Sustentabilidade, Discriminação, Preconceito ou Racismo e Violência Doméstica, refletindo as maiores preocupações sociais dos jovens.

Na segunda edição nacional, os melhores vídeos das etapas regionais serão submetidos novamente à avaliação dos jurados técnicos e à votação popular. A votação nacional do Videos for Change acontecerá de 6 a 17 de maio, aberta a todos através do site https://videosforchange.org.br/festival/videos-for-change-nacional . Os vencedores serão anunciados em uma transmissão ao vivo no YouTube do Videos for Change Brasil em 29 de maio às 14h, e receberão medalha, troféu e vale-presente como prêmio.

Clique no link a seguir para assistir a edição anterior: https://www.youtube.com/watch?v=UF2ix4lFA20

Para mais informações sobre o Videos for Change Nacional, acesse https://www.videosforchange.org.br/ e acompanhe @videosforchangebr nas redes sociais.

SOBRE A VIVEN:

A Viven é uma organização sem fins lucrativos que tem como missão promover a educação cidadã por meio de vivências realizadas em escolas públicas e particulares de todo o Brasil.

A ONG já implementou sua metodologia em 372 escolas de 137 cidades do País e conta mais de 219 mil participações de estudantes nas vivências que desenvolve. Atualmente, 18 redes de ensino espalhadas pelas cinco regiões do Brasil são parceiras da Viven e adotam suas vivências e atividades formativas que proporcionam reflexões profundas, a partir de jogos, dinâmicas e metodologias ativas, baseadas no sentir para transformar.

Saiba mais em https://www.viven.org.br ou em @viven.org.br nas redes sociais.

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Cultura

Livro é o primeiro estudo no Brasil a explorar a revolução dos Streampunks no panorama midiático atual

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Ton Felix, autor do livro “Streampunks: Um Fenômeno

No novo livro de Ton Felix, “Streampunks: Um Fenômeno Contemporâneo”, o autor e acadêmico mergulha nas profundezas do impacto que os influenciadores digitais, conhecidos como Streampunks, têm exercido sobre as mídias tradicionais e a cultura contemporânea. Este estudo pioneiro no Brasil não apenas descreve a ascensão desses novos criadores de conteúdo, mas também analisa as mudanças fundamentais que eles impulsionaram nas indústrias de entretenimento e comunicação.

“Streampunks: Um Fenômeno Contemporâneo” vai além de uma simples análise do cenário atual; ele destila as sutilezas das transformações que estão redefinindo as interações sociais e a identidade cultural. Através de uma visão criteriosa, Félix expõe como a nova geração mudou o mercado audiovisual, destacando a interseção entre tecnologia digital e tendências culturais.

“Estamos presenciando uma metamorfose radical na maneira como o conteúdo é criado, consumido e monetizado. Os Streampunks são agentes de mudança, catalisando uma nova era na comunicação e no entretenimento. Este livro é um convite para entender não apenas a influência deles, mas também as complexidades comportamentais das novas gerações que estão moldando o futuro”, afirma Ton Felix.

Ton Felix, destacando-se como o primeiro no Brasil a realizar um estudo tão abrangente sobre o fenômeno, eleva a discussão sobre os Streampunks a um novo nível, oferecendo um relato essencial para todos que buscam compreender as correntes subjacentes que estão redefinindo o panorama midiático global.

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Cultura

Grafiteiro Rhay lança obra Gunga que enaltece a capoeira

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“Gunga”, nome que intitula a obra do artista RHAY. Nome que também se dá para o berimbau mais grave no trio que compõem a bateria da capoeira Angola, aquele que rege na roda que dá o comando da ginga. Com este trabalho o artista buscou enaltecer as questões que envolvem a capoeira e sua valorização.

Decretada pelo IPHAN (Instituto do patrimônio histórico e artístico) como patrimônio cultural brasileiro, ou melhor dizendo afro-brasileiro, a capoeira ainda assim, como todas as artes advindas do negro, não recebe o crédito devido, essa manifestação popular que já foi proibida ainda vem sendo rechaçada, como uma luta exclusivamente nacional a capoeira deveria ser disseminada nas escolas como parte essencial da educação não só física como histórica, e estar no mesmo patamar do futebol em âmbito de paixão, mas como toda a cultura afro ainda continua marginalizada.

A capoeira, que hoje é jogada celebrada e conhecida em muitos países pra além do Brasil, acaba por ser um dos maiores expoentes da língua portuguesa no mundo, além de ser uma mistura potente e completa de arte marcial, música e dança.

Esse trabalho, que muito fala sobre o artista Rhay, por ser negro, baiano e capoeirista, acaba fazendo parte de uma série intitulada “Mandinga” que estima a arte baiana usando todo o sincretismo imagético que ocorrem naquelas terras, o artista usou dos elementos fundamentais da capoeira, dos instrumentos ao espiritual para criar suas obras, essa pesquisa veio de uma necessidade de mostrar o território do nordeste como um expoente de diversas áreas culturais.

Sobre RHAY: iniciou sua pesquisa fazendoum paralelo entre o vidro e a vida, ambos frágeis, o interesse nessa matéria veio a partir da reflexão do homicídio sofrido por seu pai. Com o desdobramento de seus estudos o artista se apropria do universo vitral e também da serralheria artística juntamente com filosofias, ícones e símbolos das culturas populares afro-brasileiras para criar sua estética, denomina sua arte como sincretismo visual.

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