Cultura
Racismo, saúde mental e sexualidade são questões que mais preocupam jovens no Brasil. Temas pautam criações do Festival Nacional Videos For Change
Qualquer pessoa pode votar no seu vídeo preferido, pelo site brasil.videosforchange.org, e ajudar a escolher os vencedores entre jovens de SP, PE, MG e RS
O que mais incomoda os jovens brasileiros? Quais são as causas que eles mais gostariam de ver analisadas e solucionadas? A depender dos temas escolhidos por 3,5 mil estudantes de 108 escolas, racismo, saúde mental, bullying, igualdade de gênero e assédio/violência sexual são os tópicos que mais preocupam, merecem análise e para os quais eles gostariam de enxergar mudança de cenário.
O resultado emerge de um desafio proposto pela ONG Viven, que promove educação cidadã por meio de vivências no Brasil desde 2019. Em 2022, ela organizou 12 festivais regionais do Desafio Videos for Change, abrangendo 16 cidades de quatro estados – São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O propósito do Desafio é simples: fazer com que estudantes do ensino fundamental e médio definam os temas que mais os preocupa, aprendam profundamente sobre suas causas e produzam vídeos de um minuto para dar visibilidade e levar ao mundo suas opiniões e sugestões sobre os assuntos.
Mais de 500 vídeos foram inscritos nos festivais regionais de 2022 e 81 foram premiados por um corpo de jurados multidisciplinar em categorias como originalidade, criatividade, melhor uso de recursos técnicos e narrativa, além dos que foram eleitos por meio de votação popular. Agora, eles são parte da primeira edição nacional do evento e serão levados novamente ao voto do público e à análise de jurados.
“Estamos muito felizes por engajar o Brasil no projeto Videos for Change. Essa é uma oportunidade para nossos jovens e adolescentes serem ouvidos e explicitarem suas preocupações e posicionamentos não apenas ao País, mas para o mundo”, explica Lina Wurzman , presidente e fundadora da Viven. “Esse é um trabalho de profundidade: ajudamos os jovens a perceber as causas que os preocupam, a entender o cenário de forma clara e a amplificar suas vozes, seu protagonismo e sua capacidade de mobilização”, complementa.
O trabalho da Viven teve origem na High Resolves, organização pioneira que, desde 2005, tem como missão viabilizar a educação cidadã por meio de metodologias inovadoras na Austrália e em outros países do mundo. O trabalho utiliza conceitos da neurociência, Teoria dos Jogos e Economia Comportamental, com resultados comprovados na prática.
“A proposta da Viven é promover a educação cidadã, por meio de vivências, pois sabemos que é preciso sentir para transformar. Para isso, usamos atividades como os vídeos, jogos, rodas de conversa e outras experiências para que os estudantes ampliem o seu olhar sobre a sociedade e se tornem cidadãos mais críticos e comprometidos com a transformação social”, diz Anna Colacino, diretora executiva da organização.
No Brasil, a ONG já implementou sua metodologia em 318 escolas de 111 cidades, contando com mais de 170 mil participações de estudantes nas vivências desenvolvidas. Os professores são fundamentais para a proposta e são preparados pela Viven para atuar na implementação do método. “São os professores que têm o vínculo com os estudantes. Por isso, os formamos. Isso gera mais conexão e transformação no longo prazo. Além disso, esperamos que os estudantes tenham melhor desempenho acadêmico, senso de pertencimento, consciência social e predisposição para atuar em prol da coletividade, pautados por justiça social”, diz Colacino.
A votação popular do Festival Nacional do Desafio Videos For Change vai até 10 de setembro e qualquer pessoa pode participar. Basta acessar o site brasil.videosforchange.org. A escolha dos melhores vídeos vai considerar ainda a votação dos jurados. Entre eles estão Luciana Temer, do Instituto Liberta, Eunice Baía, ativista indígena e atriz conhecida por interpretar Tainá no filme “Tainá: Uma Aventura na Amazônia”, Sônia Guimarães, a primeira mulher negra no Brasil a ser PhD em Física, além de Igor Lima, um dos criadores do Instituto Sonho Grande, e Sharylaine, rapper e produtora cultural. O anúncio dos ganhadores ocorrerá em 19 setembro em Live no YouTube.
Cultura
O estado de sítio é um dispositivo burocrático definido pela nossa Constituição.
O estado de sítio é um dispositivo burocrático definido pela nossa Constituição para ser exercido em momentos em que a ordem do Estado Democrático de Direito está gravemente ameaçada. Essa medida de exceção deve ser autorizada pelo Congresso Nacional e já foi utilizada em diversos momentos de nossa história republicana.
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Entendendo o estado de sítio
O estado de sítio é um dispositivo burocrático que faz parte de ações utilizadas pelos governos modernos em situações entendidas como emergenciais. É utilizado pelo governo em situações nas quais a ordem do Estado Democrático de Direito está ameaçada.
Em nosso país, o estado de sítio é uma medida de exceção do governo, e por causa disso possui prazo de atuação limitado, exceto no caso de guerra. Como medida de exceção, o estado de sítio permite que o Executivo sobressaia-se aos outros poderes (Legislativo e Judiciário). Assim, o equilíbrio entre os três poderes é afetado, pois, por ser uma medida tomada em situações de emergência, as decisões tomadas pelo Executivo devem ter ação imediata para garantir a solução do problema.
Em que situações é decretado o estado de sítio?
O funcionamento do estado de sítio no Brasil é definido pela Constituição Federal promulgada em 1988. O texto constitucional trata sobre essa questão do artigo 137 ao artigo 141. Basicamente, a Constituição brasileira define que o estado de sítio poder ser decretado em três situações:
Comoção grave de repercussão nacional;
Fracasso das medidas tomadas no estado de defesa;
Declaração de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira.
O decreto do estado de sítio só acontece se o presidente seguir o seguinte roteiro: primeiro, ele deve consultar o Conselho da República e o Conselho da Defesa. Uma vez feita a consulta (o papel dos dois conselhos é apenas opinativo), o presidente deve encaminhar pedido de estado de sítio para o Congresso Nacional.
O estado de sítio só pode ser implantado no Brasil caso seja aprovado no Congresso Nacional.
O estado de sítio só pode ser implantado no Brasil caso seja aprovado no Congresso Nacional.
O Congresso Nacional deve reunir-se em até cinco dias para votar a aprovação desse pedido. Para ser aprovado, a solicitação de estado de sítio deve ter maioria absoluta (50% +1) entre os parlamentares. Caso seja rejeitada, naturalmente, a medida não entra em vigor.
“O estado de sítio é um dispositivo burocrático definido pela nossa Constituição”
Celebridades
Dupla Alex & Matielo revela mais uma pérola musical com o lançamento de “Bluetooth”
A dupla sertaneja Alex & Matielo está pronta para incendiar as plataformas digitais com o lançamento da sua terceira faixa do DVD “No Tempo Certo”. Intitulada “Bluetooth”, a música promete envolver os ouvintes com sua melodia contagiante.
Combinando harmonias irresistíveis e letras que falam ao coração, “Bluetooth” é mais uma prova do talento inegável da dupla em criar músicas que ressoam com o público. O lançamento oficial está marcado para sexta-feira, dia 14 de junho, em todas as plataformas digitais, além de uma estreia especial no YouTube às 12h.
Gravado em Goiânia, o DVD “No Tempo Certo” promete ser uma verdadeira celebração da música sertaneja, e “Bluetooth” é uma adição empolgante a este projeto ambicioso.
Prepare-se para mergulhar em uma experiência musical única com Alex & Matielo. Não perca o lançamento de “Bluetooth” e acompanhe todas as novidades da dupla nas redes sociais.
Para ouvir “Bluetooth”, acesse: Bluetooth – Alex & Matielo: https://onerpm.link/bluetooth_alexematielo
Cultura
Escola de Teatro Cria promove educação e inclusão para crianças do Caju e zona portuária
Atividades são gratuitas e acontecem em escolas públicas
A Escola de Teatro Cria está transformando a vida de 1.000 crianças e jovens do bairro do Caju e zona portuária, utilizando o teatro como ferramenta de educação e inclusão. Por meio do Método Cria,que combina elementos do teatro com a Pedagogia Waldorf, o projeto está presente em seis polos teatrais espalhados pela região e se tornou disciplina eletiva em escolas públicas da região.
Nas oficinas, as turmas são organizadas por faixas etárias, garantindo que as técnicas teatrais e os conteúdos educacionais sejam adequados ao desenvolvimento de cada grupo. A abordagem visa estimular o conhecimento, o raciocínio lógico, o equilíbrio emocional e a iniciativa para a ação.
“A metodologia do Método Cria é projetada para atender as necessidades específicas de cada faixa etária, proporcionando um ambiente de aprendizado que é ao mesmo tempo divertido e profundamente transformador,” destaca Laura Campos Braz, idealizadora e diretora artística do projeto. “Nosso objetivo é gerar um impacto direto nas escolhas de vida das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, possibilitando uma mudança significativa em sua comunidade.”
O público-alvo principal do projeto são crianças e jovens com idades entre 3 e 21 anos, residentes no Caju e arredores, em situação de vulnerabilidade social e que são estudantes da rede pública de ensino. Com o trabalho realizado, o Projeto Cria foi certificado como o primeiro Ponto de Cultura do Caju, um reconhecimento de sua importância na promoção da cultura e da arte na região e conquistou o primeiro lugar na categoria Arte Educação no edital de Retomada Cultural realizado pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec).
“O reconhecimento como o primeiro Ponto de Cultura do Caju é uma prova do trabalho árduo e dedicação de toda a nossa equipe”, acrescentou Jaura . “Estamos comprometidos em continuar oferecendo oportunidades educacionais e culturais que façam a diferença na vida de nossos jovens”.
Para mais informações sobre a Escola de Teatro Cria e como apoiar esta iniciativa acesse https://projetocria.org.br/